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ESPELHO QUEBRADO - MÔNICA BERGAMO

 Folha de S.Paulo (23/09/2013)


As brasileiras não se veem na propaganda da TV: 56% delas acreditam que as peças publicitárias não mostram a mulher da vida real, de acordo com pesquisa feita pelo Data Popular em parceria com o Instituto Patrícia Galvão.

LOIRA - Para 39% das 779 entrevistadas, a mulher nunca é apresentada como inteligente; 57% acham que aparecem como objeto sexual e 84% dizem que o corpo feminino é "usado para promover a venda de produtos na TV". Mais de 70% veem mais loiras e de olhos claros, e mais de 80%, mulheres magras, brancas e de cabelos lisos nas propagandas. Segundo o IBGE, 51% da população se declara negra ou parda.

TUDO DIFERENTE - E 61% dizem que as mulheres se sentem frustradas por não terem o padrão de beleza mostrado nas propagandas de televisão.

ELA DISSE, ELE DISSE - A pesquisa também revela que elas se enxergam de forma bem diferente do modo que os homens as veem: 52% consideram ter seios pequenos, mas 54% dos homens "veem seios grandes nas mulheres ao seu redor"; 50% acham que têm bumbum pequeno, enquanto 60% dos homens veem o contrário; 52% delas se acham retas. Já 61% dos homens acham que elas têm, sim, muitas curvas.

DESPEDIDA - Na esteira das mudanças que a presidente Dilma Rousseff fará no governo a partir da virada do ano --pelo menos 12 ministros devem sair para disputar governos estaduais ou vagas no Senado--, até mesmo Aloizio Mercadante pode deixar o MEC (Ministério da Educação).

O CARA - Ele poderia sair do cargo em meados de 2014, para coordenar a campanha de reeleição de Dilma. De acordo com um interlocutor frequente da presidente, o ministro é um dos poucos quadros que desfruta da confiança plena dela, tem bom diálogo com Lula e também com o publicitário João Santana, que coordenará o marketing do PT na disputa eleitoral.

METRO QUADRADO - Um apartamento em bairro nobre de São Paulo pode custar o dobro de um similar em Orlando, nos EUA. Enquanto imóveis de três dormitórios na cidade americana são oferecidos por valores que variam entre R$ 414 mil e R$ 575 mil, unidades do mesmo padrão em locais como Morumbi, Jardins, Campo Belo e Vila Nova Conceição chegam a ultrapassar R$ 1 milhão, segundo levantamento da Lello.

A empresa de administração imobiliária, que atua nas duas cidades, constatou aumento de 42% no interesse de brasileiros por imóveis em Miami e Orlando no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Nos últimos meses, o dólar variou bastante, o que pode afetar os preços em reais.

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