Pular para o conteúdo principal

A feminização da gestão de Roberto Sobrinho

Por Edneide Arruda

O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, deu mais uma demonstração de seu reconhecimento à competência das mulheres na gestão da coisa pública. Em cumprimento à lei eleitoral, que determina a desincompatibilização de cargos públicos, de pessoas que irão concorrer eleições, mudou, no dia 04 do corrente, os titulares de seis secretarias municipais de sua administração.

Se ao ser eleito, Roberto Sobrinho tinha inovado, ao chamar para compor seu secretariado sete "pesos pesados" do mundo político feminino, agora ele reafirmou seu compromisso com a luta pelo empoderamento das mulheres: quatro dos seis secretários novos, são mulheres.
Agora, além da primeira-dama, Lucilene Peixoto, a administração conta com nove mulheres, em cargos importantes. São elas: Mirian Saldaña Peres, chefe de gabinete; Maria de Fátima Ferreira, secretária de Educação; Edna de Vasconcelos, secretária de Assistência Social; Fernanda Kopanakis, secretária de Regularização Fundiária; Gilvanilda Alves Nogueira, secretária de Saúde, Fernanda Moreira, secretária de Trânsito; Josélia Maria Saraiva, secretária da Agricultura; Mara Regina de Araújo, titular da Coordenadoria de Mulheres e Fátima Alves, coordenadora de Comunicação Social.
Há mulheres, também, em cargos de direção e de assessorias, o que revela uma certa eqüidade de gênero, na esfera pública municipal. Trata-se, portanto, de um fato inédito na história de mais de 90 anos, da capital rondoniense.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Criação do Fórum Popular de Mulheres de Porto Velho

A criação do Fórum Popular de Mulheres (FPM), em 22 de maio de 1992, em Porto Velho, capital de Rondônia, propiciou o surgimento de novas organizações de mulheres em diversos setores organizados da sociedade local (sindical, popular, partidário, extrativista, indígena, etc). Foi também o surgimento do FPM que deu visibilidade à temática do feminismo e tornou tradicional a comemoração de datas como o 8 de Marco (Dia Internacional da Mulher) e 25 de Novembro (Dia Internacional de Luta contra a Violência à Mulher). Durante os últimos 15 anos, feministas reunidas em torno do FPM foram responsáveis pela mobilização e realização de inúmeras atividades em conjunto com setores da sociedade civil organizada, partidos políticos, representantes da iniciativa privada e da imprensa. Nesse percurso, as mulheres do FPM tornaram-se referência e hoje, são as principais convidadas a proferir palestras e a provocar debates sobre feminismos, direitos reprodutivos, saúde das mulheres, ocupação do espaço ...

Caso Eloá: o que deu errado?

03/11/2008 Por Nilcéa Freire Essa é a pergunta que não quer calar a respeito do desfecho trágico em Santo André, que culminou com a morte da adolescente Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos. Nossa indagação, contudo, não é apenas com relação ao desfecho do caso, mas com as causas não visíveis da morte da jovem: Eloá morreu porque transgrediu a “ordem social”, quando se recusou a continuar o namoro com Lindemberg. A sua recusa, a sua escolha por não estar mais com ele, a sua opção pelo fim da relação, foram a sua sentença: o “lugar” da jovem Eloá na ordenação tácita da sociedade não é a de rechaçar o macho, e, sim, o de, ao ser escolhida por ele, aceitá-lo, acatando sua vontade. morreu previsivelmente por estar recusando uma relação de poder e dominação. Eloá morreu por ser mulher e por ser vítima de uma relação de desigualdade, baseada em uma cultura machista e patriarcal. Segundo essa lógica, a mulher que contraria a “ordem” pode e deve ser castigada para que tudo continue “no lugar”. E...

Em dois anos, Lei Maria da Penha muda sociedade

Por Edneide Arruda Em entrevista concedida hoje (06), a emissoras de rádio de todo o país, a partir dos estúdios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília, a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, registrou a passagem dos dois anos de vigência da Lei Maria da Penha. A ministra afirmou que o Brasil está mudando e a sociedade está menos tolerante com a violência contra a mulher. Segundo Freire, “a grande comemoração é a incorporação e a apropriação pela sociedade, de uma nova regra. A grande comemoração é que hoje, no Brasil, todo mundo sabe que existe uma lei e que não se pode mais agredir as mulheres, não se pode mais exercer este poder sobre as mulheres, e que, com a lei, nós podemos discutir na sociedade, as conseqüências da violência contra a mulher." (...) que "não se restringem àquela mulher que está sendo vitimada, mas elas se espalham para toda a família e para toda a comunidade.”, afirmou. Em resposta a um âncora de rád...