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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

FEMINA: Mulher e Cinema

O Instituto Femina realiza no período de 13 a 18 de maio do corrente, na Caixa Cultural, no Rio de Janeiro, a quinta edição do FEMINA - Festival Internacional de Cinema Feminino, ( http://www.feminafest.com.br/2008/home.php , cujas inscrições de filmes para as Mostras Competitivas estarão abertas até o dia 14 deste mês. Produzido desde 2004, no Rio de Janeiro, esse festival visa valorizar e destacar o trabalho da mulher no cenário cinematográfico brasileiro e mundial, estimular as jovens diretoras e debater questões do universo feminino, promovendo a igualdade de gênero. O Femina acredita na responsabilidade social, por meio das diversas formas de arte, inclusive o audiovisual, e o festival de cinema que se dedica especialmente à cinematografia feminina é visto como oportunidade ímpar para promover o debate com profissionais da área, a representação, o papel e o posicionamento da mulher no audiovisual e na sociedade.

Criação do Fórum Popular de Mulheres de Porto Velho

A criação do Fórum Popular de Mulheres (FPM), em 22 de maio de 1992, em Porto Velho, capital de Rondônia, propiciou o surgimento de novas organizações de mulheres em diversos setores organizados da sociedade local (sindical, popular, partidário, extrativista, indígena, etc). Foi também o surgimento do FPM que deu visibilidade à temática do feminismo e tornou tradicional a comemoração de datas como o 8 de Marco (Dia Internacional da Mulher) e 25 de Novembro (Dia Internacional de Luta contra a Violência à Mulher). Durante os últimos 15 anos, feministas reunidas em torno do FPM foram responsáveis pela mobilização e realização de inúmeras atividades em conjunto com setores da sociedade civil organizada, partidos políticos, representantes da iniciativa privada e da imprensa. Nesse percurso, as mulheres do FPM tornaram-se referência e hoje, são as principais convidadas a proferir palestras e a provocar debates sobre feminismos, direitos reprodutivos, saúde das mulheres, ocupação do espaço ...

Mídia diz: “Cai” popularidade de Cristina. Que queda, cara pálida?

Por Edneide Arruda Pare e veja como a notícia vê a mulher na política. Edições deste 19 de fevereiro (2008), de sites, jornalões e outros meios, afirmam que a Presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, sofreu a “primeira queda em sua popularidade”. Corri para ler. Texto da Broadcast, assinado por Marina Guimarães e distribuído para um sem-número de veículos no Brasil e no mundo, diz que dados da última pesquisa realizada pela consultoria Poliarquía, mostram que a imagem positiva da presidente baixou dois pontos, “mas manteve um alto nível de aceitação”. Conforme a jornalista, a pesquisa, feita em dois grandes centros urbanos do país, mostra que Cristina mantém 54% de aceitação - ante 56% revelado no levantamento de janeiro. Além disso, escreve Marina, sua imagem é considerada 'muito boa' para 11% dos entrevistados. Para 43% dos cidadãos, a imagem de Cristina é “boa”, enquanto que 25% considera “regular” e 15%, má. Diante deste texto, pensei: Queda? Que queda, car...

MÍDIA & GÊNERO: Imprensa discute preconceito contra mulher

Por Ligia Martins de Almeida em 19/2/2008 O preconceito contra mulheres e o tratamento que recebem da mídia são temas de dois artigos publicados esta semana: um no UOL, outro no Estado de S. Paulo. Os textos foram dados originalmente no New York Times. O primeiro discute o comportamento dos tablóides em relação às mulheres. O segundo fala de mulheres disputando poder. Os dois, embora tratem de áreas tão diferentes, chegam à mesma conclusão: as mulheres sofrem com o preconceito, inclusive por parte da imprensa. A parcialidade das revistas de fofoca é o tema do artigo publicado no UOL, o qual, depois de enumerar vários exemplos de tratamento, diz: "Sim, as mulheres são quase que os únicos alvos de escrutínio das notícias de fofoca. Os homens com problemas pessoais são tratados com gravidade e distanciamento, enquanto mulheres nas mesmas condições são objeto de ridículo, piadas e humor negro." Os editores de revistas de fofoca tentam justificar seu comportamento dizendo que seu ...

IMPRENSA FEMININA: A quem servem as revistas de serviço?

Por Ligia Martins de Almeida (*) Nos últimos meses, as revistas científicas afirmaram que o café pode causar doenças cardíacas fatais e também está cheio de antioxidantes que previnem o câncer. Leite, que tem cálcio, é bom para os ossos, só que a gordura faz mal às artérias. Carne vermelha é ruim para o coração, mas dietas ricas em proteínas podem ajudar a combater a obesidade. Uma dieta rica em fibras é boa, não fosse pelo fato de um estudo americano dizer agora que não previne os cânceres do sistema digestivo. A Ciência é complexa e uma boa saúde envolve equilibrar um risco em relação a outro. Mas, para os consumidores comuns, separar o joio do trigo está se tornando uma tarefa complicada. Talvez devêssemos observar os interesses por trás desse tipo de aconselhamento"(O Estado de S. Paulo, 3/1/2006)Finalmente partiu da própria imprensa a crítica a um erro muito comum nos jornais e, com uma ênfase ainda maior, nas revistas que se propõem a ter o serviço como sua prioridade, mais ...

IMPRENSA FEMININA: Matéria de interesse ou anúncio disfarçado?

Por Ligia Martins de Almeida (*) Se é verdade que as mulheres valorizam mais a inteligência do que a beleza, se é verdade que, cada vez mais, as mulheres se aceitam como são e rejeitam o padrão de beleza imposto pela mídia, as revistas femininas vão ter que mudar seu enfoque. Uma pesquisa encomendada pela Dove afirma que a brasileira tem uma boa auto-estima e que só se acha feia quando a estima própria anda em baixa. E aí, em vez de afogar as mágoas em chocolate, abre a carteira e procura resolver seus problemas com produtos de beleza, cirurgias plásticas e outros milagres da cosmética. Como press-release "A queixa é geral: o padrão de beleza atual aprisiona e traz frustrações. A ditadura do corpo perfeito, em culote, estrias, celulite, com medidas de modelo, é um pesadelo para as simples mortais. É com bons olhos, portanto, que mulheres acompanham a chegada de uma nova mentalidade. Algumas campanhas publicitárias trabalham uma imagem feminina real, transformando gordinhas com bum...

O peso de ser mulher, negra e ex-doméstica

Por Edneide Arruda Recebi na minha caixa, artigo assinado por Jaime Alves, jornalista e militante do movimento negro em São Paulo, tratando do caso da renúncia da ministra da Promoção e Igualdade Racial, do Governo Lula, Matilde Ribeiro. Ela deixou a pasta, na última sexta-feira(01), atingida pela pauta midiática, que está voltada para o uso dos Cartões Corporativos da Presidência da República; instrumentos administrativos, criados na gestão do presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso, mas que, como observa Jaime, "não se tem notícia de reportagem questionando sua criação e os critérios para seu uso". No texto intitulado "Matilde Ribeiro e a imaginação racista branca", tão excelentes reflexões não podem passar ao largo dos olhos de uns sem-número de militantes dos movimentos negro e de mulheres do país. Numa feliz passagem, resgatando frase de Perseu Abramo, Jaime alerta seu público a não comprar "o boi pelo bife", oferecido pela mídia, diariamente. De...

Mulher é vendida como mercadoria

Por Edneide Arruda A Agência Carta Maior publicou em julho de 2004, uma entrevista com a então relatora da CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, da Câmara dos Deputados, Maria do Rosário, deputada federal pelo PT, do RS, fazendo um balanço sobre o trabalho desenvolvido pela comissão. Segundo o texto, assinado por Marco Aurélio Weissheimer, o relatório final da CPI “faz uma análise do fenômeno da exploração sexual no Brasil, traça uma radiografia dos pontos existentes no país, pede o indiciamento de 250 pessoas, entre as quais empresários, líderes religiosos e políticos, e recomenda mudanças na legislação e adoção de políticas públicas de combate.” O resgate desta entrevista, oportunamente quando da criação deste blog, se dá porque, nela a parlamentar analisa a responsabilidade da mídia pelo processo de degradação da figura da mulher e da sua sexualidade, assim como desvalorização da arte, da dança e das riquezas e expressões culturais brasileiras. No texto intitulado ...

Hillary Clinton na megatendência ao poder

Por Edneide Arruda A imprensa noticiava ontem, em meio à folia do último dia de carnaval, que a senadora Hillary Clinton venceu as primárias do Partido Democrata em Nova York e nos principais estados dos Estados Unidos. É uma notícia que diz respeito às mulheres em todo o Planeta. O processo eleitoral norte-americano da chamada "superterça" está sendo considerado pela mídia como "a maior votação simultânea da história das primárias dos Estados Unidos”, dado que, 24 dos 50 Estados americanos elegerão, em um único dia, 2.025 delegados democratas e 1.191 republicanos. A notícia da vitória (parcial) de Hillary Clinton, levou-me a recordar de uma análise do jornalista Paulo Queiroz, no artigo “Eleições 2006: 3 mulheres candidatas”, publicado no site Rondoniagora, em sua conhecida coluna "Política em Três Tempos". Nele, o experiente Paulo ressalta a ascensão das mulheres na política, no mundo atual, e, baseado em André Fontaine, diretor-executivo do jornal francês L...

Mulheres na "comissão de frente"

Por Edneide Arruda O carnaval, a mais popular festa brasileira, mostrado pela TV Brasil oferece a possibilidade de se ver uma "luz no fim do túnel" aos críticos - principalmente, mulheres feministas - do conteúdo da televisão brasileira. Desde o dia 31 de janeiro, por meio do Carnaval do Povo, a TV Brasil mostra diretamente das ruas de Salvador(BA), Olinda e Recife(PE), São Paulo(SP), Ouro Preto(MG), São Luiz(MA), Brasília(DF) e Rio de Janeiro(RJ), desfiles de rua, histórias de surgimento das expressões carnavalescas e pessoas que buscam alternativas à festa momesca. Edição de sábado, trouxe uma matéria sobre as mulheres que estão na "comisão de frente" das escolas de samba em São Paulo; não exibindo os dotes físicos, mas a competência administrava diante do desafio de presidir uma escola de samba. Várias delas, estão sob o comando de mulheres, que se definem como "comandantes", "responsáveis", "comprometidas" e "apaixonadas"...