Por Edneide Arruda
A imprensa noticiava ontem, em meio à folia do último dia de carnaval, que a senadora Hillary Clinton venceu as primárias do Partido Democrata em Nova York e nos principais estados dos Estados Unidos. É uma notícia que diz respeito às mulheres em todo o Planeta.
A imprensa noticiava ontem, em meio à folia do último dia de carnaval, que a senadora Hillary Clinton venceu as primárias do Partido Democrata em Nova York e nos principais estados dos Estados Unidos. É uma notícia que diz respeito às mulheres em todo o Planeta.
O processo eleitoral norte-americano da chamada "superterça" está sendo considerado pela mídia como "a maior votação simultânea da história das primárias dos Estados Unidos”, dado que, 24 dos 50 Estados americanos elegerão, em um único dia, 2.025 delegados democratas e 1.191 republicanos.
A notícia da vitória (parcial) de Hillary Clinton, levou-me a recordar de uma análise do jornalista Paulo Queiroz, no artigo “Eleições 2006: 3 mulheres candidatas”, publicado no site Rondoniagora, em sua conhecida coluna "Política em Três Tempos".
Nele, o experiente Paulo ressalta a ascensão das mulheres na política, no mundo atual, e, baseado em André Fontaine, diretor-executivo do jornal francês Le Monde Diplomatique (edição brasileira), fala das especulações, sobre a possibilidade de Hillary Clinton, ser candidata à Presidência, pelo partido dos Democratas.
Paulo reproduz o que Fontaine escrevera: “a mediocridade dominante entre os homens da classe política, pede o advento de mulheres de qualidade no poder”. Oportunamente, o atento Paulo Queiroz desce ao plano local e destaca a visível ascensão das mulheres na política, prevendo que em Rondônia, pelo menos três nomes femininos poderiam chegar às eleições estaduais de 2006, disputando o Palácio Tancredo Neves: a senadora Fátima Cleide(PT); a prefeita reeleita de Cacoal, Suely Aragão(PMDB) e - talvez – a ex-vereadora Silvana Davis, cuja candidatura era cogitada pelo PSL.
Conforme Paulo, “o que pode parecer uma exorbitância no cenário local”, era para Fontaine “uma tendência mundial, planetária”. Dai em diante, Paulo levanta mostras dessa tendência, ressaltando que nos EUA cinco mulheres já são governadoras, e que no Brasil, Wilma Maia (PSB) comanda o RN.
Ambos, Paulo e Fontaine, falam do que está expresso no livro “Megatendências para as Mulheres”, de Patrícia Aburdene & John Naisbitt, edição de 1994. Conforme estes autores, a megatendência para a ascensão das mulheres na política, está nas estratégias delas, de ocupação, primeiro, do poder local: Estado e municípios. Sendo assim, eles prevêem: “Até 2008, as mulheres norte-americanas ocuparão no mínimo 35% dos cargos de governador. Uma mulher será elegível, ou já estará eleita, presidente dos Estados Unidos”.
A julgar por esta previsão, podemos estar a assistir o começo de sua confirmação; pois a imprensa brasileira noticia que pesquisas apontam para uma disputa acirrada no Partido Democrata, entre Hillary(52%) e Barack Obama(42%), que é negro.
No âmbito geral processo eleitoral dos EUA, levam observadores a prever que Hillary poderá levar essa, na disputa presidencial, que se dará em novembro, frente a um conservador republicano, o senador Jonh McCain(42%).
Até lá, muitas águas vão rolar, é claro. Mas uma coisa é certa: a vitória de Hillary Clinton, dentro de seu partido e, ao final das eleições, em seu país, colocará o mundo diante de um assunto "midiático planetário", usando aqui, um termo do estudioso de comunicação, Ignacio Ramonet, ao tratar de um assunto que vira uma superinformação.
Atenta a isso, a mídia do mundo inteiro acompanha o processo eleitoral dos EUA. E, desta feita, se confirmada a megatendência de Hillary Clinton ser conduzida ao poder no seu país, esta supernotícia será um bem para a condição das mulheres no mundo da política.
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